Unacon Sindical subscreve denuncia contra Guedes; ministro é convocado pela Câmara para dar esclarecimentos

Em pedido de investigação, protocolado nesta quarta, 6, Fonacate ressalta que offshore de propriedade do chefe da equipe econômica “para além de ilegal, é imoral e desonesto”

O Fórum Nacional de Carreiras Típicas de Estados (Fonacate), integrado pelo Unacon Sindical, protocolou, nesta quarta-feira, 6 de outubro, uma nova denúncia contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, por violações ao Código de Conduta da Alta Administração Federal e ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil, pelo conflito de interesses pela manutenção de empresa offshore milionária em “paraíso fiscal”. Também ontem, a Câmara dos Deputados aprovou uma convocação para que o ministro compareça ao Plenário para dar esclarecimentos.

De acordo com a denúncia, elaborada pela assessoria jurídica do Fonacate, “para além de ilegal, é imoral e desonesto que o Ministro da Economia, o qual já acusou servidores públicos de serem ‘parasitas’ do Estado, mantenha a gestão de ativos milionários em contas de paraísos fiscais no exterior e, ainda, que são valorizados de forma instantânea por variações cambiais diretamente influenciadas por suas decisões como agente público, permitindo-o, assim, lucrar milhões de reais sem qualquer esforço”.

Durante ato simbólico de protocolo do documento, em frente ao Palácio do Planalto, o secretário executivo do Unacon Sindical e presidente do Fonacate, Rudinei Marques, ressaltou que “o fato de o ministro Paulo Guedes manter milhões de dólares em paraísos fiscais é a prova inequívoca de que ele não tem compromisso com o Brasil e não acredita no futuro do país” e acrescentou:  “Se ele não acredita no futuro do país, a PEC 32, da reforma administrativa, por ele elaborada, não é para melhorar a Administração Pública, mas para entregar vastas fatias de serviços públicos à exploração econômica”. Assista no vídeo abaixo.

A nova denúncia ganhou repercussão na imprensa. Folha de S. Paulo, Estado de São Paulo, Gazeta do Povo e Istoé estão entre os veículos que destacaram o pedido de investigação apresentado pelo Fórum.

ENTENDA O CASO

O caso veio à tona no último dia 4 de outubro, quando um conglomerado de veículos nacionais e internacionais divulgou dados sobre personalidades públicas, entre elas políticos, que mantém contas bilionárias em refúgios fiscais (onde há tributação baixa ou nula). O vazamento foi batizado de Pandora Papers e já tem inúmeras repercussões.

 

Com informações: Ascom/Fonacate

Alterações: Ascom/Unacon Sindical