Unacon Sindical apresenta para carreira calendário de mobilização proposto pelo Fonacate

Encontro foi realizado no dia 29 de dezembro, pelo zoom. Primeira paralisação do cronograma, prevista para o dia 18 de janeiro, será decisiva para a deliberação de uma greve geral a partir de fevereiro

O Unacon Sindical apresentou para a carreira de Finanças e Controle o calendário de mobilização por reajuste salarial proposto pelo Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate). A reunião online foi realizada na tarde do dia 29 de dezembro de 2021, pelo zoom. Bráulio Cerqueira e Rudinei Marques representaram a Diretoria Executiva Nacional (DEN) no encontro.

“Temos um espaço muito pequeno para pressionar o governo. Portanto é de suma importância a adesão máxima de todos os servidores nesse movimento”, pontuou Cerqueira.

“A revolta é muito grande. O funcionalismo civil acumula perdas, só de 2019 em diante, de 25% para o IPCA, 65% para o IGP-M. Não há razão técnica para proteger apenas as remunerações de militares e dos colegas da segurança. No Tesouro Nacional e na Controladoria-Geral da União, instituições de excelência de Estado, não aceitaremos a discriminação. O Sindicato já se manifestou publicamente, vamos enviar cartas aos dirigentes dos órgãos e, principalmente, construir a mobilização sinalizando a disposição de paralisação caso o cenário não seja alterado”, declarou.

O presidente do Unacon Sindical também fez um apelo para que os servidores acompanhem as publicações no site da entidade e participem das próximas reuniões que serão convocadas pelo Sindicato.

CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO

Definido em reunião extraordinária do Fonacate, na manhã do dia 29, o cronograma foi amplamente divulgado pela imprensa de todo o país (saiba mais aqui).

A primeira paralisação, prevista para o dia 18 de janeiro, será decisiva para aprovação de uma greve geral a partir de fevereiro. Se mesmo assim o governo não ceder, nova paralisação, dessa vez de dois dias, poderá ser realizada entre os dias 25 e 26 de janeiro.

Em entrevista concedida para a Folha de S.Paulo, Marques declarou, na condição de presidente do Fonacate, que essas etapas são necessárias para que se possa aprovar uma greve geral, sem prazo para terminar, a partir de fevereiro.

“Somos obrigados a cumprir uma série de formalidades antes da deflagração da greve”, explicou (leia a matéria completa aqui).

A estratégia tem como objetivo forçar uma negociação por reajuste nas duas primeiras semanas de janeiro. Em comunicado enviado à imprensa, o Fórum informou que a maioria dos servidores públicos federais está com o salário defasado em 27,2%, pois não há reajuste desde 2017.