Recomposição geral de 5% é insuficiente para estancar as perdas inflacionárias e não atende pauta da carreira de Finanças e Controle

Mobilização será intensificada nos próximos dias

A recomposição geral de 5% das remunerações dos servidores federais, anunciada por representantes do governo nesta quarta-feira, 13 de abril, é insuficiente diante da alta do custo de vida e também não impede a concretização do desalinhamento remuneratório entre carreiras de Estado do Executivo sinalizado pelo mesmo governo no início deste ano. O anúncio do percentual não repõe nem mesmo a inflação do último ano e mantém o cenário de perdas acentuadas para a carreira de Finanças e Controle. 

Segundo levantamento do Unacon Sindical, para retornar ao patamar remuneratório de janeiro de 2019, data do último reajuste, é necessária uma reposição de 24%. O mesmo cálculo evidencia que o salário real dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle se encontra no menor patamar dos últimos 13 anos e, ainda, que as perdas acumuladas desde 2009 podem chegar, ao fim deste ano, a 40%. 

Diante disso, o UNACON Sindical informa que os servidores do Tesouro Nacional (STN) e da Controladoria-Geral da União (CGU) intensificarão a mobilização nos próximos dias, visando negociação que atenda às demandas da categoria, que são, prioritariamente, o alinhamento remuneratório com carreiras correlatas do Executivo Federal, além da preservação ao longo do tempo do poder de compra dos salários.

Ontem, 13, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), foi deliberada nova paralisação na STN, na quarta-feira, 20, data da próxima AGE, e a realização do Dia Nacional de Mobilização, em 4 de maio, em frente à sede da CGU, em Brasília. Nessa ocasião, caravanas de servidores do Órgão de todo o país vão se unir em um ato público pela valorização da carreira. 

Também será mantida a operação padrão na STN e deliberada, em conjunto com outras entidades representativas, uma data unificada para entrega de cargos em comissão. 

Os servidores da carreira de Finanças e Controle permanecem mobilizados e dispostos a intensificar o movimento, inclusive com a decretação de greve, caso o governo não apresente proposta que atenda aos pleitos já apresentados.