Carreira de Finanças e Controle delibera novas paralisações e a realização de atos públicos em Brasília nos dias 4 e 5 de junho

Mobilização deve ser intensificada nos próximos dias, tendo em vista a falta de devolutivas do MGI

A insatisfação da carreira de Finanças e Controle com a morosidade do governo para retomar a mesa específica de negociação deu o tom da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada nesta quinta-feira, 2 de maio. Para dar visibilidade aos pleitos e ampliar a mobilização nos próximos dias, os Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle deliberaram a realização de uma paralisação no Tesouro Nacional e na Controladoria-Geral da União no dia 21 de maio e de atos públicos em Brasília, nos dias 4 e 5 junho, com a participação de comitivas dos estados.

Na abertura da AGE, Rudinei Marques, presidente do Sindicato, informou sobre as reiteradas cobranças que a entidade tem feito ao MGI visando à apresentação de uma devolutiva sobre as reivindicações levadas em janeiro deste ano. “Precisamos demonstrar o nosso descontentamento, reafirmar que não vamos aceitar um tratamento desrespeitoso e, menos ainda, a manutenção e até a ampliação das assimetrias criadas com carreiras de mesmo nível. A convocação dos atos é uma forma de expressar nossa indignação”, afirmou.

Ainda nas exposições iniciais, Daniel Lara, secretário-executivo do Unacon Sindical, falou sobre a atuação em prol da exigência de nível superior para o cargo de Técnico Federal de Finanças e Controle. “Em retrospectiva, temos que lembrar que essa exigência já foi alvo de negociações com um governo do Partido dos Trabalhadores, aprovada no Congresso Nacional, mas foi alvo de veto do então presidente da República, Michel Temer, com uma justificativa totalmente insuficiente. Agora, nos preocupa que pleito similar dos servidores do Banco Central não tenha constado em termo de acordo recentemente assinado, embora também há pouco o STF tenha reconhecido a constitucionalidade da transformação do cargo congênere na Receita Federal”, analisou. O dirigente informou ainda que a equipe jurídica da Casa Civil informou à CGU que entende o pleito como natural, demonstrando não haver resistência.

Mais uma vez, os servidores que utilizaram o direito de fala cobraram o engajamento do ministro da CGU e do secretário do Tesouro Nacional junto ao MGI para destravar a agenda. Também foram recorrentes as falas reforçando a importância da união, neste que é um momento decisivo para o futuro da carreira.
INTERLOCUÇÃO

Ainda na Assembleia, Marques informou que o ministro Vinicius Marques de Carvalho confirmou participação na abertura da primeira reunião do Conselho de Delegados Sindicais do ano, no dia 15 de maio, oportunidade em que os delegados sindicais dos estados e do Distrito Federal poderão endereçar questões diretamente.