Em AGE, servidores da carreira de Finanças e Controle reiteram críticas à má condução das negociações por parte do governo

A partir dessa semana, as AGEs serão realizadas todas as quartas-feiras até o fim da campanha salarial

São mais de 150 dias de espera pela devolutiva do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A inércia do governo, mesmo diante da intensificação da mobilização da carreira, beira o desrespeito, na avaliação dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle. Na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada nesta quarta-feira, 19 de junho, os servidores voltaram a cobrar a retomada da mesa específica e o encaminhamento de uma proposta que signifique valorização e reconhecimento.

“A gente considera agressivo o MGI impor 20 níveis de progressão, assim como a pronta negativa para a exigência de nível superior para os TFFCs. O governo não apresenta proposta, mas é rápido em dizer ‘não’ para várias demandas”, criticou o delegado sindical da Paraíba, Fábio Lima. 
Ainda na abertura das discussões, o presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques, apresentou um compilado de informações sobre as negociações já encerradas, as ainda em andamento e os pedidos de instalação de mesas específicas que aguardam a ação do MGI. Os dados dão conta das assimetrias geradas por negociações passadas e que continuam a ser perpetuadas pelo governo. Até aqui, os percentuais de reajuste das carreiras de Estado foram de 7,7% a 27,7%, sendo tanto os maiores quanto os menores registrados em termos de acordo com carreiras da segurança pública. “O cenário é desafiador, por isso a mobilização será decisiva para obtenção do melhor resultado. É importante mantermos o foco em todos os âmbitos de discussão”, ponderou. 

A AFFC Gildenora Dantas foi incisiva ao defender a união de todos os segmentos da carreira, ativos, aposentados e pensionistas, em torno de uma contraproposta de reajuste no sistema de subsídio. Ela lembrou a luta dos hoje aposentados para a criação da carreira e para a  conquista da melhoria do patamar remuneratório ao longo dos anos e pediu “discernimento e consideração”. Na mesma linha, o delegado sindical da Bahia, Leonardo Ramos, ressaltou: “Só vamos avançar se tivermos unidos, só seremos reconhecidos se estivermos unidos”

Com o recrudescimento da mobilização, as assembleias passarão a ser realizadas semanalmente, às quartas-feiras, e as reuniões extraordinárias do Conselho de Delegados Sindicais todas as terças.

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