Servidores da CGU retomam mobilização

Os Auditores (AFFC) e Técnicos Federais de Finanças e Controle (TFFC) lotados na Controladoria-Geral da União (CGU) voltaram a protestar contra medidas inaceitáveis do governo federal com a carreira de Finanças e Controle. As palavras estampadas na faixa acima – + intimidação + banimentos + fim da seleção para cargos + prejuízos à capacitação – sintetizam as consecutivas medidas em desfavor dos servidores da CGU tomadas pelo atual ministro Torquato Jardim. A conclusão dessa soma é igual a “MTFC”, vulgo “MiniTráfico”, ministério que os servidores não reconhecem e que a cada dia tem se distanciado mais, no que diz respeito à gestão de pessoas, do “padrão Controladoria”.  Rudinei Marques e Filipe Leão, presidente e diretor do Unacon Sindical, se revezaram no carro de som para criticar a postura do governo. O protesto contou ainda com a adesão do AFFC aposentado, Gerardo Gama, de 82 anos, que arrancou aplausos dos colegas.

 

“Eu estou aqui, participando deste ato, para defender a continuidade de tudo que nós construímos, e preciso que vocês também venham. Não podemos aceitar esses retrocessos”, afirmou Gama.

 

Marques citou a Nota Repúdio à exoneração da TFFC Gisele de Melo, publicada pelo Sindicato (leia aqui), e listou as medidas que têm causado desconforto aos servidores da CGU.  “A exoneração é atribuição do ministro, mas o banimento… A servidora de carreira que atuava na assessoria de comunicação, assim como o corregedor-adjunto da área de Infraestrutura, não foi apenas exonerada, foi banida. O que nós temos hoje é intimidação, banimentos, fim da democratização no acesso aos cargos DAS e prejuízos à Licença Capacitação. É a ruptura do diálogo. Por isso, a mobilização será permanente. Não cessaremos as manifestações até que esses atos abusivos sejam revistos”.

 

PENDÊNCIAS DA NEGOCIAÇÃO

O veto à exigência de nível superior para ingresso no cargo de TFFC e o desalinhamento remuneratório entre as carreiras estiveram em pauta durante o protesto. Tendo em vista o descumprimento pelo governo dos termos previstos no acordo nº 25 com o Ministério Planejamento, assinado em dezembro de 2015, Leão reiterou a continuidade da luta.

 

“Os Técnicos estão com sapatos apertados há 15 anos. Depois de tanto tempo, finalmente, conseguimos um acordo em favor da revitalização do cargo, mas o governo optou por descumpri-lo. Isso é inaceitável. Vamos continuar na luta pelo cumprimento integral do acordo”.

 

Em estado de mobilização permanente, os servidores devem voltar a se reunir nesta quarta-feira, 10.