O Unacon Sindical participou de ato público em frente ao Bloco K do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) na manhã desta quarta-feira, 19 de março. De acordo com o Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais – organizador do movimento -, 1 mil servidores públicos participaram da manifestação. Todos unidos por uma causa comum: pressionar o governo a dar início às negociações salariais de 2014. Sérgio Mendonça, secretário de relações de trabalho do (SRT/MPOG), recebeu grupo de dirigentes, mas cortou as expectativas. “A única reivindicação em aberto é o reajuste de benefícios”, disse.
Mendonça informou que os acordos firmados em 2012 não serão revistos. Segundo ele, a inflação sequer superou em 1% os reajustes anuais de 5%. “Contratamos mais de 200 mil servidores. Concedemos reajustes bem acima da inflação do período. Temos uma mesa permanentemente aberta ao diálogo com os servidores, e vocês precisam reconhecer esses avanços”.
Os dirigentes cobraram respostas formais do governo à pauta unificada, que reivindica outros assuntos de interesse comum aos servidores, entregue no mês de fevereiro. Mendonça se comprometeu a dar uma resposta formal até o início de abril.
Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical, representou o Sindicato na reunião e criticou o posicionamento do Governo “Chegamos ao ponto de os dirigentes sindicais terem que brigar pelo óbvio, que é a contratação de pessoal para os órgãos onde atuam. Como podemos prestar serviços de qualidade sem servidores? Esse governo está fazendo caixa à custa de áreas essenciais, como o combate ao trabalho escravo, a erradicação do trabalho infantil e a luta contra a corrupção. Os gastos com pessoal, tanto se considerarmos sua relação com o PIB ou com a Receita Corrente Líquida, são os menores da última década”, argumentou. “Estamos decepcionados com o governo, também, porque o único ponto para o qual já esperávamos uma solução, era o reajuste de benefícios. Alguns estão congelados há 15 anos, como é o caso da indenização de transporte. As diárias não sofrem reajuste desde 2009, obrigando os servidores a pagar para trabalhar, especialmente quando se deslocam para as capitais. Mas o governo diz que a única indefinição é relativa aos benefícios, que não tem nada a apresentar em relação aos demais itens da pauta unificada. Isso é lamentável!”, finalizou.
Após a reunião, as entidades se reuniram e debateram alternativas para a continuidade da mobilização, reforçando a pressão em torno dos itens emergenciais da pauta.
Um Dia Nacional de Lutas está sendo articulando para o mês de abril. A possibilidade de uma greve geral ainda não foi afastada pelas entidades.
NA MÍDIA
O correio Braziliense publicou matéria sobre o encontro. (leia aqui)