O grupo União das Carreiras de Estado (UCE) esteve reunido na manhã desta segunda-feira, 20 de agosto, na sede do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos da Carreira de Finanças e Controle (Unacon Sindical). O encontro teve como objetivo avaliar a proposta de reajuste salarial que o governo ofereceu aos servidores na última semana. O percentual de 15,8%, parcelado em três vezes, não agradou os sindicalistas. Posicionamento favorável à rejeição da proposta será encaminhado, assembleia, a todos os servidores.
O descontentamento das carreiras foi unânime. “Tanta espera para uma proposta que não cobre, nem mesmo, as perdas inflacionárias, desde o ano de 2008 que somam 23%. Infelizmente estamos sendo compelidos à rejeição da proposta. Mas a decisão será tomada em assembleia nacional que deve ser convocada até o fim da semana”, esclarece Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical.
Os dirigentes destacam que o principal motivo da rejeição é o engessamento junto às negociações com o governo nos próximos três anos. O parcelamento de 5% nos anos de 2013, 2014 e 2015 – iniciando a implementação em janeiro – amarra as carreiras visto que novas negociações salariais só ocorreriam a partir de 2016. “O governo chama isso de ‘condição’ para que o acordo seja firmado. Para o grupo, isso caracteriza jogo. Uma convocação do tipo ‘é pegar ou largar’. Não estamos aqui em uma disputa de ‘ganha quem grita mais alto’. Só estamos querendo o que é nosso por direito. Se tivéssemos um percentual, digamos, de 10%, ainda ficaríamos em dúvida. Mas 5% é inaceitável”, avalia Marques.
Confira, a seguir, a nota pública do grupo União das Carreiras de Estado (UCE)
NOTA PÚBLICA
A União das Carreiras de Estado (UCE), reunida nesta data, considerando a proposta do governo de 5% de reposição salarial anual até 2015, decidiu, por unanimidade, encaminhar pela rejeição da referida proposta nas assembleias de suas respectivas categorias.
A UCE entende que a proposta do governo é insuficiente, pois sequer atende à reposição das perdas inflacionárias, conforme exigência da Constituição Federal.
Brasília, 20 de agosto de 2012