Dirigentes decidem intensificar mobilização

Em reunião realizada na sede do UNACON Sindical, na manhã desta sexta-feira, os 22 sindicatos e associações que compõem a mobilização conjunta em prol do reajuste salarial das carreiras de Estado, avaliaram que as manifestações realizadas até o momento, em parceria ou isoladamente, vêm aumentando, mas ainda não foram suficientes para sensibilizar o Governo Federal. Desta forma, foi deliberado o fortalecimento da mobilização interna de cada categoria, assim como a intensificação das ações conjuntas, como o ato público do dia 28 de junho em frente ao Ministério do Planejamento, a partir das 14h.
 
Os dirigentes presentes, especialmente do UNACON Sindical (CGU e STN), Sinditamaraty (Relações Exteriores), Sindifisco Nacional (Receita Federal), Sinal e SinTBacen (Banco Central), Sinait (Ministério do Trabalho) e ADPF (Polícia Federal), discorreram sobre a mobilização interna das respectivas categorias, que estão ganhando corpo nas últimas semanas. Com a falta de respostas concretas do Governo ‒ que tem ignorado sistematicamente as reivindicações salariais desde o final de 2010 ‒ os servidores ficam sem alternativa, senão a de uma greve geral em meados de julho, haja vista o fechamento da janela orçamentária no mês seguinte.
 
 Alexey van der Broocke e Marcos Torres de Oliveira, do Sinditamaraty, informaram sobre paralisações em cerca de 90 postos no exterior, entre chancelarias e embaixadas. Rudinei Marques, do UNACON Sindical, discorreu sobre a votação nacional da carreira Finanças e Controle, na qual cerca de 90% dos votantes foram favoráveis ao início das paralisações na CGU e Tesouro Nacional, que começarão na próxima terça-feira. Pedro Delarue e Luiz Bomtempo, do Sindifisco Nacional, comentaram a intensificação dos protestos em portos e aeroportos, que estão tendo forte adesão da categoria. Sérgio da Luz Belsito e Antônio Maranhão, representando os servidores do Banco Central, disseram que alguns estados já deliberaram pela greve, o que tende a se ampliar para todo o país.  Marco Aurélio Gonçalves, do Sinait, esclareceu a operação-padrão que vem ocorrendo entre Fiscais do Trabalho, enquanto Cláudio Tusco, da ADPF, disse que os Delegados Federais já cogitam a possibilidade de greve da categoria.
 
Por fim, os dirigentes reafirmaram o compromisso conjunto de fomentar a participação das respectivas categorias no ato público que será realizado em frente ao Ministério do Planejamento, bloco “k”, no dia 28 de junho, a partir das 14:00h.