Na tarde de ontem, 15, o secretário de Recursos Humanos, Duvanier Paiva, convidou as entidades representantes dos servidores públicos federais para apresentar a Política de Atenção à Saúde do Servidor. O formato pretende solucionar o problema da inexistência de um sistema unificado.
Ao contrário do que já acontece no setor privado, as ações na área de saúde dos servidores federais não são regidas por um único sistema. De acordo com os levantamentos feitos pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento (SRH/MPOG), grande parte dos resultados são engavetados, impossibilitando a realização de um cruzamento de dados, já que os sistemas não se comunicam. O programa incluirá as questões do ambiente de trabalho e outros aspectos ligados à saúde dos funcionários públicos.
O projeto, que já está em fase de implementação na SRH, foi apresentado pelo coordenador-geral da Coordenação de Seguridade Social da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Carneiro. Segundo o coordenador, com o novo programa o governo passará a dar a importância devida à saúde dos servidores.
Atualmente, não existe nenhum sistema de informação e notificação dos agravos que ocorrem no ambiente de trabalho; não é possível fazer um diagnóstico das doenças mais freqüentes entre os servidores; cada órgão adota um critério diferente nas perícias médicas; e grande parte deles não desenvolve qualquer ação na área da saúde. Em Brasília, por exemplo, não existem registros dos acidentes de trabalho que ocorrem no setor público. Segundo Sérgio Carneiro, os fatos acontecem, mas não viram informação para ação.
A nova política vai atingir todos os servidores públicos ativos. Com o cruzamento dos dados, será possível realizar ações eficazes para a melhoria das condições de saúde para os funcionários públicos de todo o país.