A indignação da carreira de Finanças e Controle, diante da intransigência do governo, tomou as ruas da capital federal nesta terça-feira, 13 de agosto. Centenas de Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle, atendendo à convocação do Unacon Sindical, realizaram um grande ato público, com concentração no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e caminhada até o Ministério da Fazenda (MF). As falas, faixas e cartazes, direcionados aos ministros Esther Dweck e Fernando Haddad, cobraram valorização, respeito e a abertura de uma negociação efetiva.
“A carreira de Finanças e Controle está aqui hoje para exigir valorização. Já foram protocoladas mais de 320 entregas de cargos por servidores que não querem mais servir ao governo se não forem respeitados, se a carreira à qual pertencem continuar a ser alvo de desmonte, se o Ministério da Fazenda, casa dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle, persistir com essa política salarial que promove assimetrias entre as carreiras fazendárias”, afirmou Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical, em frente ao MF.
Marques reiterou a solicitação para que as exonerações sejam imediatamente publicadas no Diário Oficial da União; caso contrário, o Sindicato buscará efetividade na Justiça.
Em relação à pauta, o delegado sindical do Distrito Federal, Rafael Perez, destacou três pontos essenciais: mudança do requisito de ingresso no cargo de TFFC; manutenção dos níveis atuais da tabela de progressão; e valorização salarial. “Estamos pedindo coerência, coerência remuneratória dentro do Ministério da Fazenda, pedindo que você, ministro Haddad, valorize e lute pela valorização de todas as carreiras, de mesma responsabilidade, sob a sua gestão. Não estamos pedindo algo que não foi concedido a outras carreiras, pelo contrário, ainda estamos sem uma negociação efetiva, enquanto outros servidores aqui no MF já tiveram suas remunerações reajustadas neste ano”, cobrou.
Na mesma linha, seguiu a fala da delegada sindical Roberta Holder, também do DF. “Nosso pleito é por respeito. Não vamos aceitar a imposição de vinte níveis, não vamos aceitar o rebaixamento salarial. Nós exercemos, tanto no Tesouro quanto na CGU, atividades complexas e essenciais para a política econômica e fiscal, para a agenda de combate à corrupção e para a melhoria da gestão pública. Exigimos respeito, diálogo e valorização”, asseverou, ao confirmar a disposição da carreira para continuar na luta até a vitória.
Os pleitos da carreira foram recebidos pelo assessor especial da ministra Esther Dweck, Bráulio Cerqueira.
Além do ato em Brasília, foram registradas atividades em diversas capitais, nas unidades da Controladoria-Geral da União. Confira na galeria como foi o dia de mobilização.