Unacon Sindical cobra cumprimento de acordo em reunião com Ceron nesta terça, 8 de abril

Dirigentes se reuniram com o secretário do Tesouro Nacional para tratar da progressão na carreira, do Grupo de Trabalho sobre reestruturação e da convocação de aprovados

Na manhã desta terça-feira, 8 de abril, dirigentes do Unacon Sindical compareceram ao Tesouro Nacional (STN) para cobrar o cumprimento dos acordos firmados ao fim da campanha salarial de 2024. O grupo foi recebido pelo secretário Rogério Ceron. Participaram da reunião o presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques, os dirigentes Ari e Luiz Alberto, o delegado sindical do Distrito Federal, Roberto Lutnner.

Um dos principais pontos discutidos foi o descumprimento da cláusula relativa à progressão na carreira de Finanças e Controle, que estabelece o interstício de 12 meses. “A carreira tem um tratamento específico e isso precisa ser respeitado”, cobrou Rudinei. Ceron respondeu que, se o acordo foi firmado, “tem que ser cumprido”, e afirmou que levará a demanda ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Outro tema central foi o Grupo de Trabalho (GT) criado para propor o redesenho da carreira, com prazo de 180 dias contados a partir da assinatura do acordo. Luiz Alberto, diretor de comunicação do Sindicato, destacou a urgência de definir as atribuições de cada órgão, uma vez que o prazo está em andamento. Ceron sugeriu a criação de uma agenda conjunta com a CGU para acelerar esse processo. “O texto precisa ter um capítulo da CGU, com as atribuições específicas dos Auditores, e outro da STN”, defendeu Luiz Alberto.

Ficou encaminhado que CGU, Tesouro Nacional e Sindicato realizarão, ainda esta semana ou no mais tardar na próxima, uma reunião para consolidar o texto da proposta. A versão final será submetida à consulta junto à carreira, com previsão de encerramento dos trabalhos ainda em abril, para posterior envio ao MGI.

Rudinei enfatizou que o Sindicato representa toda a carreira, inclusive os aposentados, e que a construção da proposta deve envolver ambos os órgãos. “O caminho é consolidar a imagem da carreira na CGU e no Tesouro, e iniciar o debate a partir daí”, afirmou. Ele também pontuou que o valor da carreira não deve ser medido apenas por critérios salariais, mas pelo peso político que ela representa em determinados momentos.

A situação dos aprovados também foi abordada. O Sindicato reiterou o pedido de convocação de mais 25% e questionou a possibilidade de aproveitamento do cadastro reserva pela CGU. Segundo Ceron, a convocação dos 25% restantes está apenas aguardando a sanção da Lei Orçamentária Anual (LOA), prevista para a próxima semana. Quanto aos excedentes, o Tesouro ficou de avaliar e dar retorno. Na ocasião, os dirigentes também entregaram ao secretário um caderno com estudos recentes sobre a carreira.

Ao final da reunião, o secretário reconheceu o empenho da categoria e a disposição para o diálogo. “Sabemos que há questões difíceis, mas é importante destacar o desejo da casa em discutir os temas. A CGU se impressionou com esse movimento. Agora, precisamos organizar a agenda e unificar o texto para avançar no Projeto de Lei.”