Em entrevista à CBN, Rudinei Marques ressalta que fim da estabilidade pode prejudicar a atuação do Estado

“O servidor que precisa auditar um governador ou um ministro de Estado não terá a segurança necessária para realizar esse trabalho com o rigor que ele exige”, exemplificou o presidente do Unacon Sindical

Após idas e vindas, o governo deu uma nova data para envio da proposta de reforma administrativa. Nesta quinta-feira, 13 de fevereiro, em entrevista coletiva, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a equipe econômica encaminhará o projeto ao Congresso Nacional na próxima semana. Mesmo com prazo para melhorar o texto, ao que tudo indica, a base da matéria, que é fundamentada em equívocos, permaneceu. Em entrevista concedida à rádio CBN, o presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques, ressaltou que o fim da estabilidade, se efetivado, trará grandes prejuízos à atuação do Estado.

Marques citou o caso das auditorias governamentais. “Sem estabilidade, o servidor que precisa auditar um governador, um prefeito ou mesmo um ministro de Estado não terá a segurança necessária para realizar esse trabalho com o rigor que ele exige, já que estará sujeito à demissão”, pontuou. Vale ressaltar que, na coletiva, nenhuma das áreas de fiscalização foi citada pelo presidente da República.

O governo também insiste no discurso de que as mudanças só valerão para os novos servidores, mas é preciso estar claro que a estabilidade é uma prerrogativa do cargo, portanto, não há como estabelecer diferentes regras para os atuais e os entrantes.

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