Estadão repercute contraponto do Unacon Sindical à declaração do ministro da CGU sobre o ato do dia 7 de setembro

“O extremismo político minoritário na sociedade é o avesso da democracia, da liberdade e da justiça, e, se depender da ampla maioria da população do país, não irá nos privar delas”

Entidade de servidores de CGU e Tesouro critica Wagner Rosário por celebrar manifestações

Por Idiana Tomazelli

 

Brasília, 08/09/2021 – Após o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, celebrar nas redes sociais as manifestações de 7 de Setembro, marcadas por defesa de pautas antidemocráticas e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Unacon Sindical, entidade que representa servidores da CGU e do Tesouro Nacional, criticou a postura do chefe do órgão de controle.

Para a entidade sindical, governo e apoiadores “não exaltaram a democracia e a liberdade, mas atacaram a independência dos poderes”. A nota também critica medidas que, segundo a Unacon, retiram direitos de trabalhadores, enfraquecem políticas sociais, aceleram a degradação do meio ambiente e promovem o aumento da desigualdade, da pobreza e a volta da fome.

“Na noite em que o ministro exaltava a beleza do movimento na capital da República – ‘Lindo ver Brasília ser tomada por pessoas de bem’ -, as ‘pessoas ordeiras’, atendendo ao chamado do chefe do Poder Executivo Federal, clamavam por intervenção militar, fechamento do Supremo Tribunal Federal, além de ameaçarem o Congresso Nacional. Ao mesmo tempo, rompiam barreiras policiais para, contrariamente ao acordado com as autoridades locais, estacionarem caminhões e tratores em áreas próximas aos Poderes Legislativo e Judiciário, e acamparem na Esplanada dos Ministérios”, diz a nota.

“No dia 7 de setembro, manifestantes tentaram reiteradamente invadir o Supremo Tribunal Federal, ao passo que o próprio presidente da República reafirmou o teor belicoso dos eventos convocados”, acrescenta.

Para a entidade, o “extremismo político minoritário na sociedade” é o avesso da democracia, da liberdade e da justiça.

 


Contato: idiana.tomazelli@estadao.com

Fonte: Estadão Conteúdo, em:

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