Correio Braziliense destaca paralisação de servidores

Paralisações na CGU e no Tesouro

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Mariana Flores
Da equipe do Correio

Os servidores da Controladoria Geral da União (CGU) e do Tesouro Nacional começam hoje a fazer paralisações relâmpago de 24 horas como forma de pressionar o governo a atender as reivindicações por reajustes salariais. Os primeiros são os funcionários da CGU, que cruzam os braços hoje e voltam a parar as atividades por três dias. Amanhã é a vez do Tesouro. As duas categorias pedem equiparação com os auditores fiscais da Receita Federal que, ontem, decidiram manter greve que já dura 20 dias — o governo oferece reajuste médio de 40% parcelado em três vezes.

Segundo a União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon), o salário de um analista de finanças e controle é de, no máximo, 90% do recebido pelos auditores. Os trabalhadores defendem que a fiscalização das despesas tenha o mesmo tratamento dispensado à arrecadação do governo. “Queremos os 10% de diferença, além dos reajustes que vierem a ser negociados com os auditores”, afirma o presidente nacional da Unacon, Fernando Antunes.

Apesar da reivindicação dos analistas e técnicos de finanças e controle, a categoria vai receber em julho um reajuste de 4%, referente à terceira parcela de aumentos negociados em 2006. O salário inicial hoje está em R$ 8,4 mil, segundo Antunes. Mas, de acordo com ele, a equiparação vem sendo negociada desde novembro do ano passado. Mesmo com paralisações espaçadas, o prejuízo virá, garante. “Fica prejudicada a prestação de contas anual da Presidência, que tem de ser encaminhada ao TCU até o fim de abril, além do trabalho de auditoria em órgãos públicos”, enumera.

GDF
Os técnicos fazendários do Governo do Distrito Federal fizeram uma manifestação ontem cobrando o cumprimento de um acordo fechado há dois anos, segundo representantes da categoria, prevendo reajuste de 7% nos salários, hoje em torno de R$ 4 mil. Os servidores cobram ainda a incorporação das gratificações pagas aos 1,2 mil ativos e inativos. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores do GDF (Sindireta), Ibrahim Yusef, os trabalhadores estão em estado de greve e podem deflagrar o movimento caso as negociações não avancem.

Queremos os 10% de diferença, além dos reajustes que vierem a ser negociados com os auditores
Fernando Antunes, presidente da União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle