Correio Braziliense destaca manifestação dos servidores da CGU/DF e da STN

Prazo para negociar reajustes

Foto: Monique Renne/Correio Braziliense


Os servidores que ainda não concluíram as negociações de reajustes com o governo têm prazo. Por causa da proximidade das eleições municipais, a Advocacia-Geral da União (AGU) recomendou — por meio de um parecer — que todos os aumentos e reestruturações de carreiras na administração pública somente poderão ser concedidos até 4 de julho. Esse prazo já vinha sendo utilizado pelo governo como data fatal para o encerramento das negociações com os sindicatos. Restam receber reajustes entre 15 e 20 categorias. A promessa do ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, é incluir esses setores em uma medida provisória que será editada até o fim deste mês.

Em greve por tempo indeterminado, servidores do Tesouro Nacional fizeram ontem um protesto em frente ao Ministério da Fazenda: cobraram do governo uma solução rápida para o impasse criado em torno da campanha salarial deste ano. Técnicos e analistas reivindicam equiparação com a Receita Federal, dizem que estão abertos ao diálogo, mas criticam o tom adotado pelo Ministério do Planejamento ao longo das negociações.

Preocupado com os efeitos da paralisação, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, recebeu um grupo de funcionários e cobrou dos grevistas uma contraproposta. Augustin reforçou que há disposição do governo em chegar a um consenso e disse que poderá atuar como intermediário junto à Secretaria de Recursos Humanos (SRH). A União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon), entidade que representa os servidores, deverá concluir os estudos na segunda-feira.

Expectativa
A proposta de acordo apresentada pelo Ministério do Planejamento prevê salário inicial de R$ 12,2 mil e final de R$ 18,2 mil em 2010 para a categoria. Os servidores concordam com o escalonamento do reajuste, mas exigem mudanças nos percentuais que incidirão sobre as classes funcionais. Segundo a Unacon, se o acordo for fechado como está, pelo menos um terço dos servidores ficará sem aumento nenhum.

Em protesto, 125 funcionários que ocupam posições de chefia entregaram os cargos. O comando de greve informou que 30% da força de trabalho será mantida, mas admitiu que os leilões da dívida pública, a oferta de títulos e os repasses financeiros a estados e municípios podem ser afetados. A folha de pessoal do funcionalismo, que começa a ser paga nesta semana nos três Poderes, não deverá sofrerá atrasos, informou o Ministério do Planejamento. Também em campanha por melhores salários, os funcionários da Controladoria-Geral da União (CGU) decidiram cruzar os braços. –> –> –> –>