Greve da carreira noticiada no Mato Grosso do Sul

Funcionários do Tesouro e CGU em MS estão em greve

Servidores da Secretaria do Tesouro Nacional e da CGU (Controladoria-Geral da União) em Mato Grosso do Sul estão em greve desde sexta-feira passada, seguindo um movimento nacional que começou no dia 18. A paralisação pode trazer dos prejuízos para o pagamento dos servidores da União, o repasse de recursos aos municípios pelo governo federal, incluindo o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
 
Conforme a Unacon (União Nacional dos Técnicos de Finança e Analistas de Controle), a greve é em razão da “posição inflexível” assumida pelo Ministério do Planejamento nos últimos 10 meses de negociação salarial. A entidade reivindica reajuste salarial compatível com os dos auditores fiscais da Receita Federal, sob o argumento de que as carreiras do Tesouro e da CGU exigem nível de qualificação igual ao exigido pela Receita.


A STN é responsável pelo gerenciamento da conta única da União – que movimenta
diariamente cerca de R$ 15 bilhões – e pela operação de análise de crédito para as obras
do PAC.  A CGU é responsável  pela fiscalização e pelo acompanhamento da aplicação dos recursos federais, incluindo os referentes ao PAC.
A greve, conforme a Unacon, já afetou os leilões da dívida pública e a oferta de
títulos.

Caso o movimento continue, conforme a entidade, o pagamento da folha de pessoal da União corre risco de atrasar. Também  poderão ser afetados os repasses financeiros, entre os quais oe que são esperados até o dia 30 por municípios sul-mato-grossenses como Campo Grande, Corumbá,Dourados e Auidauana.

A Unacon divulgou um dado de que somente do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) poderiam deixar de ser repassados mensalmente aos municípios do Mato Grosso do Sul cerca de R$ 3,4 bilhões.