Servidores participam de manifestação no Ministério da Fazenda

       

 


            A UNACON promoveu na manhã de hoje, 26 de junho, manifestação em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília. Os servidores da Controladoria-Geral da União no Distrito Federal (CGU/DF) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) compareceram em peso ao movimento, empunhando faixas e promovendo apitaço.

            Durante a manifestação o presidente nacional da entidade, Fernando Antunes, ressaltou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal está em perigo com a greve dos servidores dos órgãos. “A greve da CGU tira a fiscalização do programa e facilita a onda de roubalheira. Em relação ao Tesouro Nacional, sem os repasses o PAC ficará ainda mais atrasado”, afirmou. Os servidores levaram ao ministério faixas com os dizeres “Greve na STN: PAC sem recursos” e “Greve na CGU: PAC sem fiscalização”.

            Também estiveram presentes à manifestação o vice-presidente da entidade, Carlos Pio, a secretária-geral, Márcia Uchôa, o diretor de Finanças, Corinto Santos, o secretário de Assuntos Parlamentares do SINATEFIC, José Marcos dos Santos, e o presidente regional da UNACON/Alagoas, Zéles de Oliveira.

            Negociação

            Antunes reafirmou que a carreira Finanças e Controle está disposta a fechar acordo. “Mas para isso precisamos ter negociação, o governo não pode nos empurrar um reajuste goela abaixo”, disse. De acordo com o dirigente nacional, o governo está disposto a subir os valores da tabela apresentada ao Banco Central sem chegar, no entanto, aos percentuais pedidos pela categoria. “Este é o momento de reafirmar a força do movimento. Não podemos mais aceitar a maneira que temos sido tratados pelo governo”, reforçou. Antunes informou que em relação aos técnicos, o governo concordou com a reorganização do cargo, mas não resolveu a questão salarial. E em relação aos analistas, o governo não deu nenhum sinal de que dará ao cargo o mesmo tratamento dado aos servidores da Receita Federal.

            O presidente da UNACON informou aos servidores os riscos que a carreira corre caso não seja fechado um acordo: permanecer com os salários atuais até depois das eleições municipais, ou o governo publicar a Medida Provisória com o mesmo reajuste oferecido ao Banco Central, à revelia da direção do sindicato.

            Foi solicitada pela Direção Nacional uma audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a manifestação, mas até o enceramento da atividade o encontro não tinha sido marcado.

            Greve

            Antunes também informou que conversou com a direção da CGU e da STN sobre o percentual imposto em lei de que 30% de servidores devem trabalhar durante o período de greve. O dirigente reforçou aos analistas e técnicos que este á um assunto que deve ser debatido entre o sindicato e as diretorias dos órgãos, e não entre servidores e chefias. “Esta é uma conversa que deve ser realizada apenas entre nós da direção da UNACON e os diretores da CGU e da STN. Não pode haver pressão pessoal”, advertiu.

            Assembléia

            Amanhã, 27 de junho, às 9h, a UNACON promoverá nova assembléia conjunta – com os servidores da CGU/DF e da STN – em frente ao Tesouro Nacional.