Servidores movimentam Esplanada pela derrubada de PLP 549/09 e reabertura de negociação

     Mais de dois mil servidores federais da base da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) movimentaram a Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira, 17. Os servidores vieram em caravanas de diversos estados para exigir a reabertura do processo de negociações com o governo e a derrubada do projeto de lei complementar (PLP) 549/09. O protesto pacífico contou com o “Bloco da Mentira” que fazia alusão às diversas negociações que ainda não deram frutos e bonecos caricatos do ministro do Planejamento Paulo Bernardo e do secretário de Recursos Humanos, Duvanier Ferreira. No Bloco C do Ministério do Planejamento, onde os manifestantes se concentraram, a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) entregou documento solicitando uma data limite para a conclusão de propostas já que por ser ano eleitoral o governo tem até abril para enviar ao Congresso Nacional projetos que envolvam impacto orçamentário para 2010.

 


     Na parte da tarde, os servidores se deslocaram para o Congresso onde fizeram forte trabalho de pressão junto a parlamentares. Foi distribuída uma “Carta à Sociedade”   onde eram explicados os motivos para o cidadão se preocupar com a aprovação do PLP 549/09. O projeto pretende limitar investimentos públicos pelos próximos dez anos. A proposta não será perversa apenas para servidores que correm riscos de ficar com salários congelados, mas também para a sociedade que ficará carente no atendimento público em áreas essenciais.

 

Plenária – Nesta quinta, 18, a Condsef realiza a segunda plenária nacional em menos de um mês. A atividade é parte do calendário de mobilização da entidade que prevê um indicativo de greve para o dia 5 de abril. Entendendo que o momento exige embate, união e mobilização, os servidores têm atendido o chamado da Condsef e suas filiadas. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade da qual a Condsef é filiada, vem tentando também intermediar junto ao governo para que as negociações sejam concluídas e este impasse entre servidores e governo seja resolvido.

 

     Na plenária os servidores devem analisar o quadro de estagnação nas negociações com o governo. A categoria deve buscar também estratégias de luta para destravar os processos de negociação, além de combater projetos como o PLP 549/09.

     As representações sindicais que se manifestaram durante a marcha na Esplanada foram unânimes ao dizer que esta não será a última atividade de peso encampada pelos servidores. “Não interessa se o ano é mais curto e teremos Copa do Mundo e um processo eleitoral pela frente”, avisou Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef. “Os servidores não medirão esforços e vão lutar e defender seus interesses e o direito da sociedade de receber serviços gratuitos, de qualidade e universais”, destacou.