Mais categorias aderem à paralisação dos servidores

Autor(es): Por Lucas Marchesini, Thiago Resende e Fernando Exman | De Brasília

A decisão do governo em responder as demandas dos servidores federais, em greve parcial, apenas na semana do dia 13 de agosto tem levado a um acirramento da paralisação. A categoria pede um reajuste linear de 22% a todos os servidores públicos federais.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) prepara para a semana da resposta um acampamento na Esplanada dos Ministérios, como fez em julho. Além disso, uma marcha pedindo negociações será organizada no dia 17 de agosto. A última marcha, em 20 de julho, reuniu cerca de 10 mil pessoas.

Até a decisão, a greve contava com a adesão parcial em 35 órgãos de 26 unidades da federação. Nessa semana novas categorias – como os policiais federais e os fiscais federais agropecuários – anunciaram que vão aderir à movimentação, e outros aprovaram um dia de greve para 8 de agosto, como os funcionários do Banco Central.

Ontem, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, reafirmou a posição do governo de cortar o ponto dos servidores federais em greve, o que resulta na redução dos salários durante o período de paralisação.

A ministra destacou também que a proposta para o reajuste salarial de servidores está em estudo. “Estamos fechando nossas contas para decidir o que vamos propor, de maneira responsável, para os servidores”, disse.

O governo encerrou na noite de quarta-feira as negociações com os professores das universidades federais e agora aguarda o fim da paralisação da categoria. A proposta, contudo, foi aceita por parte dos sindicatos do setor. “A negociação foi concluída ontem e o acordo será enviado ao Congresso”, afirmou ontem a jornalistas o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins. “Há uma percepção clara de que a proposta atende à demanda dos docentes.”

O acordo foi aprovado pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), mas rejeitado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). O governo acredita que a “base” da categoria é favorável aos pontos acordados e voltará às salas de aula nos próximos dias.