Planejamento admite que corte de gastos vai atrasar concursos

O telejornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, exibiu, nesta segunda-feira, 25 de fevereiro, reportagem sobre o reflexo do corte orçamentário na realização de concursos públicos. A matéria mostra que embora o governo tenha descartado a possibilidade de adiar os concursos previstos para 2014, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), Miriam Belchior, admite a possibilidade de atraso. “Nós estamos fazendo uma avaliação desta questão. Achamos que o ultimo ano de mandato realmente não é um ano para fazer um monte de concursos. Uma parte dos concursos deve atrasar. E devemos fazer alguns ajustes nesta área”, afirmou. A declaração foi dada em coletiva de imprensa, no dia 20 de fevereiro, que anunciou o corte de 44 bilhões no orçamento de 2014.

Milhares de pessoas estão estudando em todo país à espera de 75 mil vagas que haviam sido autorizadas e previstas para este ano. Os estudantes se preocupam ainda com a demora para a contratação dos aprovados. Por se tratar de ano eleitoral o governo só pode convocar e dar posse aos aprovados até o dia 05 de maio, três meses antes das eleições. 

Correio Braziliense

No dia 20 de fevereiro, foi realizado na Câmara o Seminário em Defesa do Concurso Público, com o objetivo de debater o projeto da Lei Geral dos Concursos, PLS 74/2010, de autoria do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). O presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques, representou o Fórum Nacional de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) na reunião que foi destaque no Blog do Servidor, do Correio Braziliense.

A matéria, publicada no dia 21 de fevereiro, retrata a preocupação do relator do projeto na Câmara, o deputado Francisco Paes Landim (PTB-PI), em agilizar a tramitação na casa para que a lei possa entrar em vigor ainda este ano. 

Durante o seminário, Marques defendeu a realização de concursos públicos e apontou contradições do Governo quanto à necessidade de contratações. “Dados do próprio Planejamento, de 2012, apontam que, embora a quantidade de cargos aprovados naquele ano fosse de mais de 706,7 mil, ainda havia urgência em preencher 187,6 mil vagas. Este é um dos motivos porque o gasto com pessoal, que era de 5% da Receita Corrente Líquida (RCL) em relação ao PIB, caiu para 4,2%. E o governo ainda quer conter mais as contratações?”, questionou Marques.

 

Veja aqui a reportagem do Bom Dia Brasil.

Leia aqui a íntegra da matéria publicada no Blog do Servidor.