Carreira cobra respostas imediatas do secretário do Tesouro Nacional

Assembleia-Geral Extraordinária realizada nesta quarta-feira, 16 de março, na Secretaria do Tesouro Nacional (STN) terminou em caminhada até o gabinete do secretário Otávio Ladeira. Os Analistas (AFC) e Técnicos de Finanças e Controle (TFC) querem reunião para tratar da compensação pela proposta salarial diferenciada apresentada a outras carreiras do Ministério da Fazenda. Rudinei Marques, Márcia Uchôa, Filipe Leão e Júlio Possas conduziram o encontro. Manoel Messias e Arivaldo Sampaio, delegados sindicais do DF também participaram do evento. A reportagem do Correio Braziliense acompanhou a manifestação.

 

O Sindicato protocolou pedido de reunião com Ladeira há duas semanas. “Estamos diante de uma situação revoltante. Ladeira, com o notório respeito que tem na Casa, precisa entrar em campo. Chegou o momento de demonstrar que luta pela carreira responsável pela gestão fiscal no país, assim como o secretário da Receita Federal o fez em relação aos seus servidores”, disse Marques. A Diretoria Executiva Nacional (DEN) também solicitou audiência com o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) para tratar do mesmo assunto.

 

"O ganho de carreiras tão estratégicas como a nossa, como no caso da área jurídica ou do Fisco Federal, poderá chegar a 40%. Compreendemos a conjuntura econômico-fiscal, mas não vamos tolerar tratamento diferenciado”, afirmou Marques, presidente do Sindicato.

 

ESTRATÉGIA

Leão, diretor de finanças do Sindicato, reuniu servidores do Tesouro em busca de soluções. Realizado na terça, 15, o encontro buscou alternativas para a compensação dos ganhos de outras carreiras. Segundo ele, a mais factível seria a compensação, via subsídio.

 

Outras propostas discutidas ainda serão analisadas. “Os servidores sugeriram avaliação de uma taxa de corretagem sobre a emissão de títulos públicos, em percentual 0,01% ou, ainda, um percentual dos dividendos das empresas estatais”, relatou Leão.

 

Júlio Possas, diretor do Sindicato, avaliou que o momento exige atenção redobrada, pois eventual descolamento poderá custar caro para a instituição. "Temos mais de 300 novos servidores que, a se manter essa disparidade remuneratória, vão retomar seus estudos em busca de carreiras mais atrativas", alertou.