“Não cabe confundir as funções do controle interno com repressão e censura”, reza nota do Sindicato

 

NOTA DE REPÚDIO

 

 

A Diretoria Executiva Nacional do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) manifesta seu repúdio à nota recente do Ministro da Educação. No documento, o Ministro Mendonça Filho “lamenta” a criação da disciplina “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil” no curso de ciência política da Universidade de Brasília (UNB), e afirma que encaminhará solicitação à Controladoria Geral da União (CGU), e a outros órgãos de controle e defesa do interesse público, para apuração de improbidade administrativa do professor responsável pela matéria, Dr. Luis Felipe Miguel.

 

O “futuro da democracia no Brasil”, a julgar pela atitude do Ministro da Educação, inspira desconfiança. Mas no que depender da população brasileira, e em particular dos servidores públicos federais das carreiras de finanças e controle lotadas na CGU e na Secretaria do Tesouro Nacional (STN), não.

 

Não cabe de forma alguma confundir as funções do controle interno relacionadas à fiscalização, responsabilização, zelo e transparência no emprego de recursos públicos, com repressão e censura, missão precípua de órgãos felizmente extintos no bojo da redemocratização, como o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e o Departamento de Operações de Informação-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI).

 

Desta forma, o Unacon Sindical reitera o repúdio às ameaças à democracia do Ministro da Educação, ao tempo em que se solidariza com o professor Dr. Luis Felipe Miguel da UNB.

 

 

 

 

A Diretoria Executiva Nacional

1º de março de 2018