“Despesa com pessoal civil ativo caiu 3,7% em relação a 2019”, aponta Bráulio Cerqueira em entrevista ao O Dia

Números foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta, 28

Em entrevista ao jornal O Dia, publicada nesta sexta-feira, 29 de janeiro, o presidente do Unacon Sindical, Bráulio Cerqueira, destacou queda de 3,7% nos gastos com salários de servidores civis federais ativos em 2020, na comparação com o ano anterior. Os números estão nos relatórios de Resultados do Tesouro Nacional divulgados ontem, 28.

“Em 2020, os números oficiais mostram que a despesa com pessoal civil ativo do Executivo federal, corrigida pela inflação, caiu 3,7% em relação a 2019, sendo ainda inferior ao nível alcançado em 2014. Em % do PIB, o gasto total com servidor é menor do que o observado em 1998. Ou seja, há mais de 20 anos, não há qualquer descontrole com as despesas de pessoal na União”, apontou Cerqueira.

Fica claro que o discurso do mercado, subscrito pela equipe econômica, que tenta respaldar os cortes de até 25% nas jornadas e nos salários dos servidores públicos via aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 186/2019, não é pautado pela realidade, mas em ideologia.  “Para economistas do mercado, a queda dos juros e a estabilização do dólar dependem não só de uma contenção dos gastos explosivos (que não existem) com servidores, como de cortes de jornada, serviços e salários. Pura ideologia. Aliás, vale salientar que, como finanças públicas são diferentes de economia doméstica, a crise do ano passado redundou em menores taxas de juros e menores gastos relativos do governo com pagamento de juros”, completa o presidente do Unacon Sindical.

A matéria ganhou repercussão nas redes sociais. No Twitter, o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor), Márcio Gimene, comentou: “o percentual de despesa com servidores ficou em 4,3% do PIB em 2020. Abaixo dos 4,5% verificados 20 anos atrás. E ainda há quem fale em ‘trajetória de gasto explosivo’ com pessoal.” Ele também defendeu que a agenda econômica precisa mudar. “Quando for revogado o teto de gasto e o governo federal abandonar o terrorismo fiscal, a economia voltará a crescer e o gasto com pessoal em relação ao PIB ficará ainda menor.”

Leia a íntegra da reportagem do O Dia aqui.