“A emergência não é fiscal, é saúde, vacinação, renda e emprego”, ressalta o presidente do Unacon Sindical

Fala foi registrada no painel “Aspectos conjunturais, alternativas econômicas e desafios políticos” nesta segunda, 15

“A emergência não é fiscal, é saúde, vacinação, renda e emprego”. Essa foi a consideração inicial do presidente do Sindicato, Bráulio Cerqueira, em participação no seminário nacional contra a reforma administrativa, realizado pelo Fórum das Entidades Nacional dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), nos dias 15 e 16 de maço. Ele compôs, ao lado de representantes do Sindifisco e do Sindireceita, o painel “Aspectos conjunturais, alternativas econômicas e desafios políticos”, que deu início à primeira tarde de discussões.

Bráulio criticou a redução dos valores destinados ao socorro às famílias mais vulneráveis e lembrou que, neste momento de agravamento da pandemia, os demais países estão fazendo justamente o contrário. “O Brasil voltou ao mapa mundial da fome. Com o auxílio emergencial circunscrito a R$ 44 bilhões, contra R$ 300 bi, em 2020, vai haver uma explosão da pobreza e da miséria. O mercado de trabalho já estava ruim antes da pandemia e, agora, está destroçado. ” Ele ressaltou, também, que o “terrorismo fiscal” serviu para emplacar uma agenda de desmonte de direitos, de ataque ao mundo do trabalho e de destruição do serviço público.

Sobre formas de contornar a crise, o presidente do Sindicato, que é mestre em Economia, defendeu que, no curto prazo, o governo precisa decretar estado de calamidade e retomar o Orçamento de Guerra, e, no médio prazo, rever o arcabouço brasileiro de regras fiscais. “As restrições ao gasto público, com educação, saúde, custeio, são administrativas ou legais, mas nunca financeiras”, pontuou.

Assista a íntegra da fala abaixo.