Num contexto de retorno da alta inflação, são inaceitáveis os mais de três anos sem
recomposição salarial e, além disso, a sinalização do governo de ampliação do desalinhamento
remuneratório entre carreiras de Estado do Executivo contra a carreira de Finanças e Controle.
Esse o teor principal da carta aberta dos servidores da Controladoria-Geral da União (CGU)
entregue pela Diretoria Executiva Nacional do Unacon Sindical ao secretário executivo do
órgão, José Marcelo de Castro, na última quinta-feira, 10 de março. O documento foi subscrito
por 607 Auditores e Técnicos, de todo o país.
“O achatamento real do subsídio da carreira de Finanças e Controle e o desalinhamento
salarial em curso configura grave desserviço à boa gestão dos recursos humanos no serviço
público, e desserviço à auditoria governamental, ouvidoria, transparência, correição e
prevenção à corrupção”, diz trecho do documento, que aponta também a piora do clima
organizacional na CGU.
O presidente do Sindicato, Bráulio Cerqueira, avalia que “as mais de 600 assinaturas indicam
engajamento crescente dos servidores da CGU à mobilização. Nós sabemos que não é apenas
o nosso presente e futuro que estão em jogo, mas a própria excelência dos nossos órgãos, que
não sobreviverão como instituições de excelência com um política salarial discriminatória e de
arrocho permanente. A situação é grave e é isso o que estamos transmitindo à alta direção da
CGU, cobrando providências.”
Leia a integra da carta abaixo.