Na última quarta-feira, 6 de abril, os Auditores (AFFC) e Técnicos Federais de Finanças e Controle (TFFC) lotados na Controladoria-Geral da União (CGU) aderiram à paralisação pela recomposição salarial da carreira. No DF e nos Estados, os servidores mobilizados não efetuaram login nos sistemas corporativos do órgão e não lançaram as horas correspondentes ao dia no e-Aud. Nas regionais, os delegados sindicais aproveitaram a data para convocar protestos e reuniões locais. A atividade foi encerrada com a realização de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) virtual.
A hora é agora
Realizada pelo Zoom, a videoconferência teve mais de 300 participantes. Em pauta, a luta por alinhamento remuneratório em relação a carreiras de importância equivalente no Executivo e a necessidade de recomposição do poder de compra dos salários congelados desde janeiro de 2019. Com engajamento crescente na luta pela carreira de Finanças e Controle, os servidores da CGU aprovaram, com 95% de votos favoráveis, a realização de novo Dia Nacional de Mobilização, com manifestação presencial em Brasília na CGU e indicativo de paralisação dos servidores, no dia 4 de maio. A data foi fixada no dia seguinte pela Comissão de Mobilização do Sindicato.
“O Sindicato já levou formalmente ao ministro da CGU o descontentamento da carreira com a política remuneratória do governo. Agora vamos intensificar a mobilização para pressionar por uma solução imediata que nos atenda”, disse Bráulio Cerqueira, presidente do Unacon Sindical.
Os servidores também discutiram a entrega de cargos na CGU, no caso de ausência de proposta concreta do governo para reestruturação da carreira. Na próxima assembleia, marcada para 13 de abril, propostas serão avaliadas.
“Dificilmente o governo vai receber os servidores. Então, precisamos sensibilizar o ministro, com todos os instrumentos de que dispomos, para a importância dele nesse movimento pela reestruturação da carreira”, complementou Rudinei Marques, secretário executivo do Sindicato.
Nas regionais
Nos Estados, a mobilização foi intensa. “A paralisação de hoje demonstrou que estamos unidos em defesa da recomposição salarial. Nosso movimento representa uma luta justa e necessária”, declarou Fábio Moreira, vice-presidente da Delegacia Sindical da Paraíba.
“Não foi fácil reunir os servidores ativos de Goiás. Mas creio que devemos persistir, dada a relevância desta pauta para todos nós. Afinal de contas, não se faz nenhum movimento reivindicatório sem pessoas pressionando”, avaliou Jaci Sobrinho, representante da Delegacia Sindical de Goiás.
Na mesma linha de Sobrinho, Edilberto Barreto, delegado Sindical do Ceará também aponta para a importância da pressão dos servidores. “O momento exige que a carreira se mobilize pra mostrar a sua importância entre aquelas que mais resultados oferecem à sociedade”, pontuou.
Ducilene Vieira dos Santos, delegada sindical do Piauí, também garantiu que os servidores da regional estão em estado de mobilização permanente. “Enfrentamos dois grandes desafios: um calendário apertado e um cenário político nebuloso. No entanto, esses desafios não vão paralisar ou impedir a pressão do movimento da carreira de Finanças e Controle pela recomposição salarial”, afirmou.
Carlos Renato Leite, delegado sindical do Rio Grande do Sul, avaliou como positiva a paralisação da regional. “De forma virtual ou presencial, quase 100% dos servidores da Casa participaram da AGE e demonstram estar mobilizados e dispostos a lutar diariamente, nos próximos dois meses, contra essa ameaça de desalinhamento remuneratório”, informou.
Leite também comunicou que os detentores de cargos da regional gaúcha, indignados com a política remuneratória do governo, já declararam que vão entregar seus cargos. As listas de intenção de entrega de cargos e de compromisso de não assunção de cargos da CGU estão disponíveis para subscrição no site do Unacon Sindical (acesse aqui).
Confira, abaixo, fotos da paralisação do dia 6 de abril, enviadas pelos delegados sindicais dos estados.
13 de abril – Assembleia de avaliação do movimento de entrega de cargos da CGU
4 de maio – Dia Nacional de Mobilização, com manifestação presencial em Brasília e paralisação das atividades