Sem reajuste para 2024, proposta do MGI não agrada servidores; Fonacate irá formular contraproposta

Resposta do governo foi a pauta central da última reunião da DEN de 2023. Realizado na manhã desta sexta, 22, encontro também pautou a transição de gestão da entidade

A resposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) à pauta apresentada na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) não agradou o Unacon Sindical. Enviada para as entidades representativas dos servidores públicos federais nesta quinta-feira, 21 de dezembro, a proposta não tem sinalização de recomposição salarial para 2024, apenas ajuste nos benefícios. A postura do governo foi o tema central da última reunião da Diretoria Executiva Nacional (DEN) de 2023. Realizado na manhã desta sexta, 22, encontro também pautou a transição de gestão da entidade.

O ofício SEI nº 153993/2023/MGI prevê reajuste salarial em duas parcelas iguais, sendo a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026. Sobre os benefícios, a proposta sinaliza aumento de 51,9% no auxílio-alimentação a partir de maio de 2024 (o benefício atual de R$ 658 vai para R$ 1 mil); incremento no auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90; e o aumento do auxílio-saúde, de R$ 144,38 para “em torno de R$ 215”, segundo termos do MGI.

Para Rudinei Marques, presidente eleito para a gestão 2024-2026 do Unacon Sindical, a resposta do MGI, após seis reuniões da MNNP, é inaceitável. Segundo ele, a alternativa será a apresentação de uma contraproposta.

“Além de não repor as perdas acumuladas nos últimos anos, que se aproximam dos 30%, a proposta do governo exclui os aposentados, que não recebem auxílio alimentação e pré-escolar. Vamos lutar para a recomposição das perdas já em 2024. Pois o que foi proposto para 2025 e 2026 irá cobrir tão somente as perdas projetadas para os respectivos exercícios”, disse.

A contraproposta será elaborada em conjunto com as afiliadas ao Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate) e apresentada para a carreira de Finanças e Controle ainda na primeira quinzena de janeiro de 2024, antes da abertura oficial da mesa de negociação específica da carreira de Finanças e Controle.

NA MÍDIA

Em entrevista para o Metrópoles, Marques criticou a postura do governo. “O diálogo é efetivo. Isso mudou completamente, porque, no governo anterior, nós não tínhamos espaço de discussão. Agora, são governos que se parecem, na medida em que nenhum dos dois tem uma política salarial para o funcionalismo. Essa é a verdade”, declarou, na condição de presidente do Fonacate (leia a notícia na íntegra aqui).