A Trajetória dos Dois Santos Maranhenses: Frei Marcelino e Frei Alberto
(Parte 1)
Coluna do Osmar Monte
A santidade é um dom de Deus. A vocação pode conduzir o fiel ao caminho da santidade; mas nem sempre o alvo é atingido, em decorrência dos percalços enfrentados na vida.
Quero falar de dois frades capuchinhos italianos que deixaram o continente europeu para morar, evangelizar e realizar grandes obras no Brasil e, especialmente, no Maranhão, nas cidades de Barra do Corda e Grajaú. Frei Marcelino de Milão (Sérgio Bícego – 1920/1980) e Frei Alberto Beretta (Henrique Beretta – 1916/2001). Ambos com o fervor da fé, a humildade e simplicidade de franciscano, com as mãos firmes, olhares impetuosos, palavras acolhedoras e corações cheios de amor para cuidar do próximo.
Frei Marcelino, evangelizador, orador, poliglota, professor, educador, médico, visionário e sacerdote cheio de virtudes e santidade. Chegou em Barra do Corda em 1957. Foi pároco, diretor do Ginásio Diocesano Nossa Senhora de Fátima; e diretor da Escola Normal. Um homem que trabalhava 20 horas por dia. Posteriormente foi nomeado Bispo de Carolina–MA; e bispo de Imperatriz–MA.
Frei Alberto, pregador, médico, dentista, dotado de uma essência de amor capaz de direcionar o olhar para um doente e curar pelo poder de Deus. A sua voz suave era como um bálsamo; as suas mãos transmitiam a energia vital para os pacientes. Chegou em Grajaú no ano de 1949. Construiu um Hospital para cuidar de pessoas carentes e dotou de equipamentos necessários.
Para muitos que conheceram de perto e conviveram com esses dois frades, reconhecem que são considerados Santos maranhenses porque o Espírito Santo lhes concedeu o exercício da santidade em solo maranhense. Frei Marcelino pode ser chamado o santo de Barra do Corda; e Frei Alberto o santo de Grajaú. Por isso são 2 (dois) Santos Maranhenses pela dádiva de santidade em terras maranhenses.
José Osmar Monte Rocha é Auditor Federal de Finanças e Controle (AFFC) aposentado, poeta e professor. Natural de Barra do Corda (MA), Rocha tem assento na Academia Barracordense de Letras desde 1996 e é membro titular da Academia de Letras de Águas Lindas (GO). Já teve trabalhos publicados em pelo menos quatro edições das coletâneas “Escritores do Brasil” e “Poetas do Brasil”, organizadas por Aparício Fernandes. Atualmente é colunista do jornal digital “Turma da Barra”, hospedado no Facebook.
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