Na Câmara, presidente do Unacon Sindical parabeniza mobilização da carreira e cobra regulamentação da Negociação Salarial

Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle compareceram ao evento realizado nesta terça-feira, 13

Crédito: Agência Câmara

“O MGI deveria estar aqui para ouvir tudo o que nós temos a dizer.” A cobrança pelo debate direto e democrático e a saudação à mobilização da Carreira de Finanças e Controle abriram a intervenção do presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques, na audiência pública na Comissão de Administração e Serviço Público (CASP) da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, 13 de novembro. O dirigente participou da primeira mesa de debates, coordenada pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), com o objetivo de avaliar o “balanço das negociações salariais entre o governo federal e os servidores públicos”.

Na avaliação de Marques, o governo errou ao parametrizar a negociação, quando a expectativa das entidades nas mesas específicas era de encaminhar demandas históricas de cada carreira. “Quando chegamos lá, havia, na mesa, um contrato de adesão. Ou adere, ou fica fora. E a nossa carreira se insurgiu, não aderiu e está fora até agora. O projeto saiu do MGI sem a gente, e, agora, na semana que vem, vamos deliberar novamente. Mas, o fato é que as negociações foram mal conduzidas”, ressaltou, ao pontuar a greve da carreira de Finanças e Controle.

Em retrospecto, o presidente do Sindicato também lembrou do congelamento salarial ao qual os servidores federais foram submetidos por seis anos, nos governos Temer e Bolsonaro, e concluiu: “A regulamentação da negociação coletiva no serviço público é mais que necessária, é urgente. Precisamos de regras para definir o calendário, o funcionamento das mesas, quem faz a mediação e a arbitragem do percentual, quando não houver acordo. Urge também a regulamentação do direito à greve. Não podemos seguir utilizando subsidiariamente a lei do setor privado, porque isso penaliza o servidor público.” Assista à íntegra da fala abaixo.

A audiência pública foi acompanhada por diversos Auditores e Técnicos Federais de Finanças, que compareceram com a camiseta Valorização Já. Os delegados sindicais Rafael José da Silva e Thiago Meokarem, ambos do DF, Fábio Lima, da Paraíba, e Leonardo Cunha, da Bahia, também marcaram presença.

“Uma das palavras que define essa negociação é decepção. Na nossa carreira, estamos nos sentindo chantageados, porque existe uma proposta salarial de reajuste, e ela é bem-vinda, mas exige que aceitemos outras medidas que vão, na prática, reduzir os salários de novos servidores que forem contratados”, pontuou o dirigente da Paraíba.