Em reunião realizada com o Unacon Sindical na manhã desta terça-feira, 17 de janeiro, o Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, sinalizou disposição ao permanente diálogo com a carreira de Finanças e Controle. Bráulio Cerqueira e Rudinei Marques, presidente e secretário executivo, nesta ordem, representaram a Diretoria Executiva Nacional (DEN) no encontro que também contou com a participação de Viviane Vargas, secretária Adjunta do Tesouro Nacional; Paula Bicudo, subsecretária de Assuntos Corporativos; e de Betânia Lemos, coordenadora de Desenvolvimento Institucional.
Na pauta principal, duas urgências: recomposição salarial emergencial e assimetria remuneratória entre carreiras de Estado. O presidente do Sindicato contextualizou o cenário para a carreira de Finanças e Controle. “Embora os quatro anos de congelamento nominal de salários com 27% de perdas para a inflação, os 7 anos de congelamento dos auxílios saúde e alimentação, bem como a sucessão de ataques a direitos do trabalho não sejam uma conta do novo governo, o sentimento entre os servidores é de urgência no endereçamento destas questões, inclusive das assimetrias remuneratórias da carreira de Finanças e Controle frente a outras carreiras de Estado”, informou Cerqueira.
“Precisamos achar alguma solução para a questão salarial”, reforçou Marques que enalteceu o histórico de boa relação do Sindicato com todos os ex-secretários da Pasta. “Acreditamos que podemos manter essa tradição e fazer um bom trabalho juntos. Por isso essa reunião é muito importante para estabelecer esses laços que vão se intensificar”, disse.
Além da questão salarial, a pauta entregue ao Secretário do Tesouro incluiu a exigência de nível superior para o ingresso no cargo de Técnico Federal de Finanças e Controle (TFFC), realização de novos concursos e aperfeiçoamento pautado pelo diálogo entre as partes do Programa de Gestão e Desempenho; nesse sentido, o Sindicato destacou como bem-vinda a revogação, pelo recém criado Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, da IN nº 89/2022 SGP-SEGES/SEDGG-ME que restringia severamente o Programa.
Ceron afirmou que deseja contribuir positivamente na construção e estruturação dos temas apresentados pelo Unacon Sindical, além de destacar outros. “Sou servidor de carreira e respeito muito a Casa e os servidores. Espero contribuir no sentido de valorizar a instituição por meio do diálogo transparente e produtivo. Em tudo que for nessa linha, de tornar a Casa e a carreira mais profissional e com melhores condições de atender a sociedade, contem com meu apoio. Logo, o que vocês reivindicarem para a carreira eu me comprometo a receber, analisar, criticar e defender em outras instâncias”, afirmou Ceron antecipando que também pretende abrir espaço para que os servidores do Tesouro tragam ideias e colaborem no processo de aperfeiçoamento institucional.
BIOGRAFIA
Rogério Ceron possui graduação e mestrado em Economia pela Universidade de Campinas (Unicamp) e doutorado em Administração Pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP). Tem vasta experiência em Gestão Fiscal, incluindo Tesouraria, Contabilidade Pública e Tributação.
Na gestão de Fernando Haddad em São Paulo, trabalhou com Mário Vinícius Claussen Spinelli, Auditor Federal de Finanças e Controle (AFFC).
Na Prefeitura Municipal de São Paulo, onde é Auditor fiscal tributário há mais de 15 anos, ocupou diversas funções relevantes no setor público, como: secretário de Finanças do Município de São Paulo (2015-2016); secretário-adjunto da Fazenda do Estado de São Paulo (2017-2018); secretário-adjunto de Finanças do Município de São Paulo (2015); secretário-adjunto de Desestatização e Parcerias (2018); subsecretário do Tesouro do Município de São Paulo (2011-2015); e chefe da Assessoria Econômica do Município de São Paulo (2010-2011).