A dor do parto de uma MP

Não está sendo fácil para o governo decidir (afinal de contas) quantas categorias vão fazer parte da segunda medida provisória (MP) que autorizará a nova leva de reajustes para o funcionalismo. Além dos 300 mil servidores distribuídos por cerca de 11 categorias, existe a chance de incluir nesse mesmo pacote as carreiras típicas de estado e até os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Tal possibilidade ficou mais forte ontem, quarta-feira, depois que o ministro Paulo Bernardo mandou recados aos auditores-fiscais da Receita, que ameaçam retomar a greve.

Dependendo do desfecho das negociações com os auditores, haverá mais ou menos tempo para o Executivo tocar as demais pendências. Nesse momento, o fiel da balança é o auditor-fiscal e o horizonte são as eleições municipais. 


A União trabalha com o dia 4 de julho para resolver os impasses e pagar os aumentos. Ninguém, nem o governo nem os servidores, sabe se essa data é mesmo impositiva, mas por via das dúvidas todos a respeitam.