Greve do Tesouro pode prejudicar pagamentos de salários do funcionalismo

Pressão por reajuste

Servidores do Tesouro param por tempo indeterminado a partir de amanhã. Folha de pagamento da União corre risco de atrasar

Na tentativa pressionar ainda mais o governo, os servidores do Tesouro Nacional decidiram ontem transformar a greve temporária, programada para durar três dias, em permanente a partir de amanhã. Com isso, os leilões da dívida pública, a oferta de títulos e os repasses financeiros a estados e municípios podem ser afetados. Até o pagamento da folha de pessoal da União, de acordo com o sindicato que representa a carreira, corre risco de atrasar.

Em campanha por equiparação salarial com a Receita Federal, analistas e técnicos do Tesouro recusam-se a assinar a proposta de acordo apresentada pelo Ministério do Planejamento, que prevê remuneração inicial de R$ 12,2 mil e final de R$ 18,2 mil em 2010. Pelo mesmo motivo, os servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) no Distrito Federal também decidiram cruzar os braços.

A meta do governo é concluir o quanto antes as negociações com as categorias ainda não contempladas com aumentos e enviar uma medida provisória ao Congresso até o fim deste mês. Cerca de 17 carreiras estarão nesse pacote. Os funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) temem ficar de fora e, em protesto, param hoje por 24 horas. –> –> –> –>