Após marcação cerrada dos servidores das três esferas (federal, estadual e municipal) e mais de 200 emendas de parlamentares contra o PLP 257/2016, o governo finalmente cedeu e concordou em retirar os artigos que restringiam direitos dos trabalhadores. A decisão foi comunicada pelo ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, em reunião com representantes de centrais, confederações e sindicatos, na noite desta terça-feira, 12 de abril. Segundo Berzoini, as contrapartidas dos estados pelo refinanciamento das dívidas podem ser tratadas com mais calma em outro momento. Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical, participou do encontro no Palácio do Planalto na condição de presidente do Fonacate e vice-presidente da Pública – Central do Servidor.
Em sua intervenção, Marques disse ao ministro Berzoini que os mais de 12 milhões de servidores públicos ficaram estarrecidos com o PLP 257, que subtrai direitos e precariza o serviço público. “Além de atacar diretamente aos servidores dos estados, o projeto inviabiliza parte das negociações salariais realizadas em 2015 pelos federais, pois veda concessões de reajuste que extrapolem o mandato do titular do poder concedente." Finalizou solicitando um gesto concreto do governo em direção à concessão de mandato classista com ônus para a Administração.
Apesar da promessa de Berzoini, os líderes sindicais manterão a agenda de protestos e paralisações marcada para esta semana. Na quinta-feira, os servidores públicos federais farão um ato contra o PLP 257/2016 em frente ao bloco P da Esplanada dos Ministérios, sede do Ministério da Fazenda. A concentração está marcada para às 9h da manhã.
Com informações: Correio Braziliense
Imagem: Filipe Calmon / ANESP
Alterações: Ascom/Unacon Sindical