Movimento contra a PEC 287/2016 estabelece seis coordenações de atuação

Eficiência. Essa foi a marca o segundo encontro de dirigentes sindicais do setor público contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016. Realizada no Plenário 15 da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, 16 de janeiro, a reunião registrou avanço significativo com o estabelecimento de seis coordenações de atuação: Técnica, Parlamentar, Jurídica, Financeira, de Comunicação e de Mobilização. As frentes de trabalho voltarão a se reunir na próxima quinta, 19. Rudinei Marques e Filipe Leão, presidente e diretor de finanças do Unacon Sindical, participaram do encontro.

 

“Na próxima quinta iremos designar os integrantes das comissões e estabelecer um cronograma de ações. Também devemos estabelecer um comitê central que irá ficar responsável por estabelecer um canal de interlocução com todas as entidades”, esclareceu Marques, na condição de presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

 

Na contramão do que o Correio Braziliense apontou na matéria “União de servidores. É possível?”, categorias tão distintas e de interesses divergentes registraram uma tarde de trabalho produtiva e harmônica. Para que o trabalho siga dessa maneira, Leão recomenda a manutenção da unidade. “Nossa capacidade de união vai ser proporcional à nossa capacidade de abrir mão de achar que vai estar à frente do movimento. Essa é a grande questão que vai unificar a luta e garantir melhores resultados”, lembrou.

 

O recesso parlamentar não impediu a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) de acompanhar e apoiar o movimento. Ela aconselha os dirigentes a priorizar a construção de uma rede parlamentar que também integre as assembleias legislativas e as câmaras municipais, e o lançamento, até o início de fevereiro, de um balcão de conteúdos que possa servir de referência para o movimento nos Estados.

 

“Eu acho que a gente nunca teve tantas condições de planejar uma grande derrota dos que querem retirar os nossos direitos. Até porque as pessoas estão sentindo. Por isso, com organização e planejamento, teremos condição de promover uma grande mobilização”, disse Kokay.

 

Apresentada na reunião desta segunda, minuta do manifesto das entidades foi entregue para crítica dos dirigentes sindicais. Elaborado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), o texto será finalizado na próxima quinta, 19.

 

Na próxima terça, 17, o Fonacate irá se reunir para tratar exclusivamente da Reforma da Previdência.