Em meio às discussões sobre a reforma administrativa, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, defendeu, durante participação no III Congresso Nacional da Carreira de Finanças e Controle, na última sexta-feira, 29 de novembro, a manutenção da estabilidade para os servidores que exercem atribuições exclusivas de Estado.
Para o ministro, é preciso ficar claro que a estabilidade, nesse caso, é uma prerrogativa essencial para o desenvolvimento do trabalho. “Não se trata de privilégios. Se trata de um mecanismo de proteção ao servidor que, pela natureza da sua profissão, não pode ter sua capacidade de tomada de decisão, visando o interesse público, ameaçada”, avaliou.
Wagner confirmou que a proposta de reforma administrativa deve ser encaminhada ao Congresso Nacional só em 2020 e que, nesse meio tempo, ele e outros ministros, que a princípio não participaram da construção do projeto, terão a oportunidade de colaborar com o aperfeiçoamento da redação. Apesar de manifestar preocupação com a pauta, ele afirmou ter segurança que o bom senso vai vigorar.
A diretora de Filiados, Roberta Holder, elogiou a postura do ministro e agradeceu pelos esclarecimentos. “Ficamos mais tranquilos em saber que alguém que conhece o Estado está atento a essa pauta”, pontuou.
BALANÇO DO CONACON
Após fazer um breve resumo das discussões travadas ao longo dos três dias, Filipe Leão, presidente do Conselho de Delegados Sindicais (CDS), destacou o momento oportuno em que o Congresso foi realizado. “Esse evento serviu para deixar ainda mais nítida a importância da nossa carreira para superar a atual crise, que é o grande desafio do país hoje. No que pudermos atuar para destravar, facilitar, fazer a roda da economia girar, conte conosco. Não tenho dúvida que seremos um grande motor de desenvolvimento”, disse, ao agradecer a presença do ministro.
Para concluir, o secretário executivo do Sindicato, Bráulio Cerqueira, que compôs a Comissão Organizadora do III Conacon, fez um agradecimento especial pela colaboração da CGU e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). “A realização desse Congresso não seria possível sem o apoio decisivo das duas Casas”, finalizou.