CGU e STN reforçam movimento pela recomposição salarial

Em mais um dia de paralisação, servidores da STN aprovam nova paralisação e entrega de cargos; na assembleia da CGU, servidores de todo o país confirmam participação no ato presencial em Brasília marcado para 4 de maio, às 10h

Dia de Assembleia Geral Extraordinária. Nesta quarta-feira, 20 de abril, o Unacon Sindical reuniu os Auditores (AFFC) e Técnicos Federais de Finanças e Controle (TFFC) em duas reuniões virtuais: às 10h30, com os servidores da Secretaria do Tesouro Nacional (STN); e às 15h30, com os servidores da Controladoria-Geral da União (CGU). Nos encontros, a carreira reforçou a intensificação da mobilização contra o desalinhamento remuneratório e pela recomposição salarial.

Aventada pelo governo no dia 13 de abril, a proposta de 5% de reposição para este ano demonstra que o movimento dos servidores está produzindo efeitos. No entanto, além de insuficientes, o percentual de 5% não impede o desalinhamento remuneratório da carreira de Finanças e Controle frente a outras carreiras de Estado do Executivo. “Estamos no caminho certo, o governo começa a sinalizar que pode ceder, o mesmo governo que há 15 dias dizia que a recomposição quebraria o país, uma falácia evidentemente. Mas este índice é insuficiente diante da alta do custo de vida, não repõe nem mesmo a inflação do último ano e ainda mantém o cenário de perdas acentuadas para a carreira de Finanças e Controle”, destacou Bráulio Cerqueira, presidente do Unacon Sindical.

Segundo levantamento realizado pelo Sindicato, para a carreira de Finanças e Controle retornar ao patamar remuneratório de janeiro de 2019, data do último reajuste, é necessária uma reposição de 24%. O mesmo cálculo evidencia que o salário real dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle se encontra no menor patamar dos últimos 13 anos e, ainda, que as perdas acumuladas desde 2009 podem chegar, ao fim deste ano, a 40%.

A importância da reestruturação da carreira também pautou as duas reuniões. “O reajuste de 5% não impede o desalinhamento remuneratório entre carreiras de Estado do Executivo, sinalizado pelo governo no início deste ano. Por isso é fundamental cobrarmos, na STN e na CGU, a reestruturação da carreira”, reiterou Rudinei Marques, secretário executivo do Unacon Sindical. Confira a pauta reivindicatória da carreira de Finanças e Controle no hotsite do movimento: https://unacon.org.br/mobiliza/.

 

Dia Nacional de Mobilização

Marcado para o dia 4 de maio, o protesto presencial será realizado em frente ao edifício sede da CGU, em Brasília, DF, às 10h. A atividade irá contar com a participação de servidores de todo o país. Nas duas assembleias, a convocação para o ato foi intensa. “Vamos sinalizar para o governo a união da carreira com uma adesão maciça ao Dia Nacional de Mobilização. Se cada um assumir o compromisso de convocar mais quatro servidores, teremos um protesto robusto e numeroso”, sugeriu Reonauto Souza, membro da Comissão Nacional de Mobilização.

 

STN

Na assembleia do Tesouro Nacional, os servidores, que mais uma vez cruzaram os braços, ainda aprovaram dois encaminhamentos: uma nova paralisação de atividades com assembleia virtual na próxima sexta-feira, 29; e a entrega coletiva de cargos no dia 10 de maio.

Depois do protesto presencial realizado no dia 9 de março, os servidores iniciaram uma série de paralisações pontuais (nos dias 25 de março, 1°, 5, 13 e 20 de abril). As paralisações semanais irão prosseguir, com a realização de assembleia como parte das atividades.

“Continuamos mobilizados e sempre abertos ao diálogo. Mas sem proposta concreta do governo para a carreira de Finanças e Controle, vamos partir para a entrega de cargos (10 de maio) e devemos colocar em discussão a greve (17 de maio)”, esclarece Bráulio Cerqueira.