9 de março: Dia Nacional de Mobilização fortalece movimento pela recomposição salarial

Transmitido ao vivo pelo Youtube do Unacon Sindical, ato presencial reuniu mais de 300 participantes em frente à STN. Atividade encerrou com caminhada até o prédio do Ministério da Economia

Realizado na manhã do dia 9 de março, o Dia Nacional de Mobilização fortaleceu o movimento unificado pela recomposição salarial da carreira de Finanças e Controle. Transmitida ao vivo pelo Youtube do Unacon Sindical, a atividade reuniu mais de 300 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em frente ao anexo do Bloco P da Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). Bráulio Cerqueira, Rudinei Marques, Arivaldo Sampaio, Carlos Janz, Elaine Faustino e Roberto Kodama representaram a Diretoria Executiva Nacional (DEN) no ato que também contou com a participação da direção do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal). Além da mobilização presencial, o indicativo para o dia 9 de março foi de paralisação das atividades no DF e nos Estados.

O protesto reforçou o pleito da carreira de Finanças e Controle por valorização, respeito, dignidade remuneratória e tratamento isonômico entre carreiras de Estado que trabalham em órgãos de excelência como a CGU e a STN. A pauta reivindicatória completa está disponível no hotsite do movimento: https://unacon.org.br/mobiliza/

“Não aceitaremos a discriminação salarial na recomposição prevista pelo governo para este ano. Por isso precisamos fortalecer a mobilização da carreira. Estamos no caminho certo. A forte adesão ao protesto de hoje, por exemplo, é uma demonstração de unidade e de força”, avaliou o presidente do Unacon Sindical, Bráulio Cerqueira.

“O ato de hoje demonstra que nós, servidores, não estamos satisfeitos e de braços cruzados. Depois das perdas salariais dos últimos anos, nos unimos para mostrar que o tratamento diferenciado é inaceitável”, declarou Elaine Faustino, diretora de filiados do Unacon Sindical, ao Correio Braziliense.

Como o governo não têm sinalizado se vai ou não negociar com os servidores, Rudinei Marques, secretário executivo do Unacn Sindical, fez alerta para o fato de que a campanha salarial começa agora, mas não tem data para acabar. “Nós estamos lidando com um governo que toma decisões pouco racionais. Isso vai exigir de nós mais racionalidade, mais disposição, e uma avaliação mais precisa do cenário político, para nos colocarmos de forma altiva, exigindo o tratamento que a nossa carreira merece”, declarou.

Delegados de finanças públicas e de controle interno do DF e dos Estados também marcaram presença no protesto que encerrou com caminhada até o prédio do Ministério da Economia.

CONTEXTO

A sinalização do governo de recomposição restrita a poucas carreiras de Estado pode provocar desalinhamento remuneratório inédito no Governo Federal em desfavor da carreira de Finanças e Controle. O Sindicato e os servidores advertem que isso compromete o clima organizacional na STN e na CGU, contribui para o esvaziamento de lideranças e promove a degradação estrutural de órgãos de excelência do serviço público.

Com remuneração congelada há mais de três anos, o valor real dos salários dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle é o menor dos últimos 15 anos. E com a aceleração em curso da inflação, as perdas acumuladas podem chegar a 40% ao fim de 2022. A primeira edição do corrosômetro da carreira de Finanças e Controle foi publicado no dia 3 de março (relembre aqui).

PRÓXIMOS PASSOS

A Comissão de Mobilização vai se reunir na próxima semana para avaliar o protesto do dia 9 de março e discutir as próximas atividades.

Acompanhe as atualizações da campanha pela recomposição salarial da carreira de Finanças e Controle nos grupos de mobilização da STN e da CGU, nas redes sociais do Unacon Sindical, e no hotsite do movimento: https://unacon.org.br/mobiliza/.