Rudinei Marques defende rejeição completa da proposta de reforma administrativa enviada pelo governo

“É uma reforma rudimentar, sem base nenhuma em evidência científica”, disse à TV Cultura. Presidente do Unacon Sindical também concedeu entrevista para El País, Folha de S.Paulo, Correio Braziliense, Metrópoles e SBT

O envio da reforma administrativa do governo dominou o noticiário nesta quinta-feira, 3 de setembro. A proposta prevê o fim do regime único do servidor, ao estabelecer mudança de regras para as futuras contratações de servidores da União, dos estados e dos municípios. Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical, atendeu diversos pedidos de entrevistas durante todo o dia. Na condição de presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), Marques defendeu a rejeição completa da proposta pelo Congresso Nacional.

“É uma reforma rudimentar, sem base nenhuma em evidência científica”, disse à TV Cultura. “Não há nenhuma evidência de que a medida venha para o aperfeiçoamento da prestação de serviços públicos. Portanto essa proposta deve ser rejeitada completamente pelo Congresso Nacional”, concluiu. A reportagem foi exibida na edição de quinta, 3, do Jornal da Cultura, apresentado de segunda a sábado, às 21h15, sempre com comentários de especialistas.

O comentarista da noite foi o historiador Marco Antonio Villa que criticou o argumento de que os servidores do Executivo são privilegiados. Segundo ele, quando uma mentira é repetida diversas vezes, ela acaba sendo aceita como verdade. “Uma das mentiras sobre o funcionalismo público é a de que eles ganham muito. Mentira. Isso é uma absoluta inverdade”, disse lembrando que o servidor do Poder Executivo Federal está sem reajuste salarial há 5 anos. “Logo, não há nenhuma relação entre o ganho no executivo do funcionalismo público e a crise econômica”, aponta. Villa também criticou o fim da estabilidade e o fim do regime único do servidor. “O conjunto dessa proposta é um verdadeiro absurdo”, desabafou.

Ao SBT, Marques também criticou o fim da estabilidade. “O servidor tem o dever funcional de lançar altos de infração penalizando muitas vezes políticos poderosos ou milionários. Se ele não tiver proteção adicional, que a estabilidade lhe dá, ficará numa condição muito fragilizada”, disse. A reportagem foi veiculada na noite de quinta, 3, no Jornal do STB.

 

OUTROS VEÍCULOS

O presidente do Unacon Sindical também concedeu entrevista para El País, Folha de S.Paulo, Correio Braziliense, Jornal de Brasília e Metrópoles. Confira, abaixo, a repercussão.

El País – Reforma administrativa poupa elite do funcionalismo e pode dar “cheque em branco” a Bolsonaro

Folha de S.Paulo – Especialistas e servidores divergem sobre reforma administrativa

Correio Braziliense – Temas mais polêmicos ficarão de fora da reforma administrativa enviada ao Congresso

Jornal de Brasília – Sindicatos se queixam de falta de diálogo e dizem que agora é ‘guerra’ contra reforma

Metrópoles – De salários a lei de greve: reforma administrativa propõe novo serviço público

Diário do Nordeste – Especialistas e servidores divergem sobre reforma administrativa