Estado não tem excesso de servidores nem de gastos com o funcionalismo, diz Ipea

Fonte: Sinait – 12/09/2011

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea concluiu que o Estado brasileiro não gasta muito com servidores públicos e que o número de servidores hoje é menor do que já foi no passado
 
     O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea divulgou no dia 8 de setembro o Comunicado nº 110 – Ocupação no setor público brasileiro: tendências recentes e questões em aberto, que é um recorte de um estudo maior, publicado no livro Burocracia e Ocupação no Setor Público Brasileiro. As conclusões do estudo constatam a estabilidade de gastos com o funcionalismo e negam o excesso de pessoal.
 
     Hoje, o Estado tem cerca de 50 mil servidores a menos do que tinha em 1992, constou o estudo. E isso acontece mesmo com a contratação de mais de 155 mil novos servidores durante os dois mandatos do ex-presidente Lula, por concurso público, grande parte para substituir trabalhadores terceirizados. Segundo os técnicos do Ipea, o governo não conseguiu recompor todo o quadro do funcionalismo e falta uma política clara e continuada de Recursos Humanos.
 
     As conclusões do estudo do Ipea são semelhantes às que o Sinait e a maioria das entidades que representam servidores públicos constatam no dia a dia. No Ministério do Trabalho e Emprego, por exemplo, falta pessoal na Auditoria-Fiscal do Trabalho e na área administrativa. “A reivindicação de realização de mais concursos públicos não é mera retórica. A carência de pessoal é real e prejudica os resultados finais, os serviços que devem ser prestados à população. Na carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho temos mais de 520 vagas disponíveis e esse número vai crescer com as aposentadorias”, observa Rosângela Rassy, presidente do Sinait.