Ministros do STF e da Economia debatem o papel das intuições; Cerqueira acompanhou do evento

Realizado na quarta, 15, o painel “Sem tempo a perder: debate sobre a urgência de transformar o Brasil e o papel das instituições” integra a programação do II Encontro do Movimento Pessoas à Frente

Representantes dos Três Poderes discutiram o papel das instituições na segunda edição do Encontro do Movimento Pessoas à Frente. Com o tema “Sem tempo a perder: debate sobre a urgência de transformar o Brasil e o papel das instituições”, o encontro contou com a participação dos presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, além do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do governador do Ceará, Camilo Santana. Realizada nesta quinta-feira, 15 de setembro, a videoconferência foi mediada pelo economista e ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung. Bráulio Cerqueira, presidente do Unacon Sindical, acompanhou o evento na condição de convidado.

Cerqueira elogiou a iniciativa e destacou a importância do esforço conjunto para melhorar a qualidade do serviço público.  “As instituições perceberam a importância da estabilidade e que a melhoria que todos buscam não passa apenas pela reforma do RH”, avaliou.

Todos os debatedores saíram em defesa do diálogo, do respeito institucional e das políticas públicas de Estado como caminhos para a modernização e a melhoria do serviço público brasileiro.

O governador do Ceará, Camilo Santana, defendeu que é preciso valorizar o capital humano, ou seja, as pessoas que trabalham no serviço público. “Essa pandemia mostrou a importância do SUS, principalmente para estados como o Ceará, em que 82% da população utiliza os serviços do Sistema Único de Saúde”, afirmou, ressaltando ainda os pilares dessa política que são o diálogo, o planejamento, a transparência nas seleções de pessoas para o serviço público e o equilíbrio fiscal. Ele detalhou, com exemplos, os avanços alcançados no seu estado a partir da adoção de parâmetros mais técnicos, além dos políticos, para contratações de servidores.

Nessa linha, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que é possível sim “o governo fazer mais, fazer melhor e com menos recursos”. Na análise do ministro, o Brasil vive uma transformação e uma evolução institucional que já vem ocorrendo há alguns anos. “Mas que ainda está incompleta”, afirmou, destacando, a responsabilidade fiscal, a administração de orçamentos e o respeito ao federalismo como pontos chave para continuar as mudanças e a melhoria da gestão dos recursos públicos.

No campo da Justiça brasileira, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, também afirmou que o Judiciário pode “fazer melhor”. Ele explicou que a grande queixa da sociedade em relação aos serviços públicos prestados pelo Poder é a morosidade. “Temos a morosidade decorrente do excesso de formalidade e da litigiosidade exacerbada”, afirmou. “A queixa da população é correta, sempre fui ouvinte do povo”, acrescentou, em seguida.

 

II Encontro do Movimento Pessoas à Frente

Com o tema “Pessoas em Movimento: Diálogos para um Melhor Estado”, a segunda edição do encontro do Movimento Pessoas à Frente começou nesta quarta-feira, 15 de setembro, e vai até sexta, 17, com palestras e debates de especialistas nacionais e estrangeiros sobre como impactar pessoas no setor público e, consequentemente,  melhorar a qualidade da gestão e dos serviços prestados à população.

 

Com informações: Movimento Pessoas à Frente